O tempo me fez afastar das letras e desejos em mim nascidos. Afastei-me mas libertei-me das amarras que me preendiam. Refugiei-me dentro de mim longe dos olhares indescretos que sei que por aí andam querendo sempre em mim encontrar algum sofrimento para poderem sorrir. guardei em mim as minhas alegrias . . . a minha dor . . . o meu sorriso e a minha lágrima de tristeza. Hoje libertei-me de tais amarras e se há quem por de tras de mascaras escondido encontre felicidade por saber que choro de tristeza, que tenho dor . . . problemas então apenas pena posso sentir.
Soltei-me das amarras
Hoje compreendi que não pertenço a mim mesma, que não pertenço a uma pessoa. Sou do mundo . . sou de Amigos verdadeiro que me rodeiam mesmo estando longe físicamente. A eles pertenço sempre. Serei sempre a que entra ó pela sala a dentro a que não terá companhia no dia 14 de Fevereiro. Mas sem dúvida serei . . . SOU aquela que todos estimam e gostam.
Serei a raridade sem que esta exista. Sou única sem que outras (pessoas) deixem de ser.
Serei Eu . . . Apenas EU
Atravesei o oceano ao teu encontro. Em teu redor apenas gelo fino. . . espesso. . .fragil . . .resistente. Com calma do desejo de contigo ficar para um sempre que não sei traduzir mantive-me serena afastando os picos afiados de meu coração. Lutei . . . eu juro-te que lutei mas . . . não quero desestir . . . ou morrer nestas águas geladas. Perco-te no meio deste gelo . . . o calor do teu corpo que ontem senti hoje desapareceu . . . perdeu-se . . . estico a minha mão tentando agarrar teu peito mas minha mão é trespaçada por gelo . . . nem a dor sinto . . . deixo-me ficar perdida neste mar de gelo fino. . . espesso. . .fragil . . .resistente. . .
Perdida
Á deriva
Volto já!
Não derrames essa lágrima. O teu sorriso não estragues.
Estou aqui onde sempre estive com coração reconstruido da dor, das facadas da vida.
Sentada na cadeira preta de coração calmo com a certeza de que perder-te não irei.
Aqui sentada de olhos cansados da vida sinto a tua insônia.
O teu pensamento entra em mim, vejo-te deitado no escuro de olhos abertos . . reflectindo
A angustia não me possui, a ansiedade não entra em mim . . .
Poderei aqui estar sentada . . .poderei aqui ficar sentada esperando sem nunca mais a tua mão sentir
. . .
ACABOU
Chegou ao fim. Não estou a dizer nunca mais mas agora acabou. Acabou sem data . . . sem certesas de alguma vez voltar.
Um BEIJO