Amar é...sorrir sem razoes e ficar triste sem motivos, é sentir-se só no meio da multidão, é o ciúme sem sentido, o desejo de um carinho;é abraçar com certeza e beijar com vontade, é passear com a felicidade, é ser feliz de verdade!
QUANDO
Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta,
continuará o jardim, o céu e o mar,
e como hoje igualmente hão-de bailar
as quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
em que tantas vezes passei,
haverá longos poentes sobre o mar,
outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho, a mesma festa,
será o mesmo jardim à minha porta
e os cabelos doirados da floresta,
como se eu não estivesse morta.
SOPHIA DE MELLO BREYNER,1919-2004, Dia do Mar, 1ª edição, 1947 (?)
Durante as cerimónias fúnebres de SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
(Basílica da Estrela, Lisboa, 2004-07-04), seu filho MIGUEL DE SOUSA
TAVARES leu este poema, que classificou de «um hino à continuidade da
vida», e terminou a leitura com as palavras «Obrigado, Mãe»
Miguel Sousa Tavares... (Escritor português a propósito da perda de sua
Mãe, a grande escritora Sophia de Mello-Breyner)
"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde
verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos
outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se
afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Com os recem nascidos raios de sol palavras encontrei, pelo asfalto preto a velocidade contante as palavras recolhi pelo o caminho e com o cuidado as acomodei na bagageira, no banco de tras do carro....no banco da frente....Maybe.... Maybe Not....
Plhonos teus olhos e vejo-me neles presa...vejo-me não como tu me vês mas como eu me vejo em ti...olho nos teus olhos e neles me perco